terça-feira, 18 de abril de 2017

"O Engenheiro de Bioprocessos e suas diferentes possibilidades de atuação" - Entrevista com Fillipe H. de Oliveira

O CAEB, com suporte e apoio de colaboradores - a ex-aluna Lorena de Oliveira Felipe e o Prof. Igor Boggione - traz mais uma entrevista do Projeto "O Engenheiro de Bioprocessos e suas diferentes possibilidades de atuação". O principal objetivo dessa iniciativa consiste em estimular os estudantes da Engenharia de Bioprocessos sobre as inúmeras possibilidades de atuação profissional, além de promover o estreitamento das empresas com os alunos para futuros estágios e/ou parcerias. Em última instância, o projeto também pretende fortalecer o nome da UFSJ enquanto formadora de bons profissionais para o mercado de trabalho. 
Damos continuidade com um Engenheiro diferenciado pela sua atual área de trabalho. Formada em 2014, Fillipe de Oliveira, 27 trabalha no Instituto Nacional de Criminalística (INC), além de cursar pelo Pós-Graduação em Tecnologias Química e Biológica pela Universidade de Brasília (UNB). Veja a entrevista...






Dados pessoais:

1.               Nome completo: Fillipe Herbert de Oliveira
2.               Idade: 27 anos
3.               Ano de conclusão do curso: 2014
4.             Empresa que trabalha/Universidade de Pós-Graduação: Instituto Nacional de Criminalística (INC) e Pós-Graduação em Tecnologias Química e Biológica pela Universidade de Brasília (UNB)

Graduação: Engenharia de Bioprocessos

1.               Por que escolheu o curso de Engenharia de Bioprocessos?
Sempre tive muita facilidade em matemática, contudo as áreas de biologia e química orgânica eram minhas paixões no Ensino Médio, pensava em fazer bioquímica por isso, então quando conheci o curso de Engenharia de Bioprocessos me identifiquei muito e resolvi encarar o desafio de cursar a Engenharia.

2.               Participou de atividades extracurriculares durante a graduação? Caso sim, o que fomentou essa sua pró-atividade em buscar uma experiência além da sala de aula?
No ano de 2009, fiz um curso sobre Biodiesel que foi promovida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). No ano de 2010, fiz um curso de Destinação de Resíduos Industriais que foi organizado Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). No ano de 2013, fiz um curso de Gestão da Qualidade realizado pelo SEBRAE- Brasília. Nos anos de 2013 e 2014, participei como voluntário da Organização da atividade de extensão realizada Universidade Paulista (UNIP) do município de Pirapora-MG. Ao longo do curso de graduação, fiz um curso Avançado em proficiência em Inglês, uma vez que o conhecimento em outro idioma é extremamente importante para a carreira. Durante o curso fui monitor nas seguintes disciplinas: 2012- Química Geral; 2013- Microbiologia Industrial e 2014- Química Orgânica. Participei do projeto de Iniciação Científica sobre Produção de Biomoléculas para Utilização como Controle Interno em Kits de Diagnóstico para HCV sob a orientação do Professor Dr. Antônio Helvécio Totola. Participação em dois projetos sob a orientação da Professora Drª. Ana Paula Fonseca Maia de Urzedo: 1- Aplicação do Compósito Minério de Ferro/Biocarvão ao Estudo da Adsorção e Degradação de Fármacos; 2- Efeito da Radiação UV no Processo de Adsorção e Degradação do Propranolol pelo Compósito TiO2/Biocarvão. As atividades extracurriculares agregam valor ao currículo, bem como aprimora as competências individuais, contribuindo para o desenvolvimento da capacidade de trabalhar em equipe e identificar as aptidões e competências individuais.
3.               Quais as principais características de desenvolvimento – tanto pessoais quanto profissionais - você considera fundamental para um aluno de graduação?
Para o aluno de graduação as principais competências pessoais e profissionais são: resistência, aprendizado, ética, adaptação e autoconfiança.
A todo o momento o estudante irá passar por problemas, por menor que eles sejam, porém, o que diferencia uma pessoa da outra é a maneira como ela enfrenta essas dificuldades, as supere e aprende com elas. Para isso, o aluno deve procurar melhorar, fazer as coisas com mais qualidades e superar-se a si mesmo. A capacidade de se adaptar aos diferentes ambientes, como provas difíceis e trabalhos cansativos, é o que vai diferenciá-lo daqueles acostumados com coisas boas e fáceis.

Formei: e agora?

1.               Qual o caminho que você trilhou após a conclusão da graduação? O que te levou a isso?
Após a conclusão do curso no ano de 2014 decidi que queria fazer um curso de pós-graduação. Em razão de possuir família e conhecer a cidade de Goiânia, no início do ano de 2015 passei no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Porém, tive um problema de saúde e foi então que eu decidi mudar para a cidade de Brasília. No inicio de 2016, decidi tentar o Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Química e Biológica da Universidade de Brasília (UNB), onde acabei passando e estou cursando no momento.

2.               Atualmente, qual a posição que você ocupa?
Ao passar no inicio de 2016 no curso de Pós-Graduação em Tecnologias Química e Biológica, tive a oportunidade de participar de um processo seletivo do Instituto Nacional de Criminalística (INC), que é vinculado a Policia Federal em Brasília. Dessa forma, consegui a vaga e hoje desenvolvo minha pesquisa por meio do Projeto Pequi (Perfil Químico de Drogas), implementado no ano de 2006 pela Polícia Federal. O objetivo do Projeto Pequi é desenvolver e validar metodologias analíticas para a quantificação de cocaína, através do estabelecimento de perfis químicos complexos para cada amostra de droga analisada, sendo uma ferramenta útil e adequada para fornecer medidas relativas dos componentes presentes nas amostras de drogas.

3.               As matérias teóricas vistas em sala de aula, tanto do ciclo profissional quanto do ciclo básico, já foram demandadas por você na sua atuação prática hoje no mercado de trabalho?
Varias disciplinas são abordadas no dia-a-dia para o desenvolvimento do trabalho no Instituto Nacional de Criminalística (INC). Entre elas: Química Geral, Princípios de Química Orgânica, Físico-Química, Química Analítica e Análise Instrumental. Pelo fato de ter cursado e ser monitor das disciplinas Química Geral (2012) e Química Orgânica (2014), foi um fator diferencial para o conhecimento e aplicação de rotina no Projeto Pequi.

4.               Para chegar na posição que você ocupa atualmente, quais as atitudes que você tomou enquanto estudante e que considera essencial para ter chegado até aqui?
Sempre tive o sonho de algum dia trabalhar como Perito na Policia Federal. Dessa forma, quando comecei a fazer o programa de Pós-Graduação em Tecnologias Química e Biológica na Universidade de Brasília e soube que teria a seleção para trabalhar no Instituto Nacional de Criminalística, decidi que seria meu objetivo passar na seleção. Em razão de conseguir a vaga, estou feliz por desenvolver o trabalho em um laboratório de referência Internacional, e continuo estudando para que dia meu sonho seja realizado.

5.               Quais conselhos você dá para os alunos do curso e para os demais graduandos em geral?
O conselho que dou para os alunos é que vale a pena ter sempre uma disciplina. Em razão das inúmeras disciplinas e suas dificuldades relacionadas, caso o aluno não programar um tempo para estudar e deixar correr os prazos acaba se enrolando. Não deixe que a rotina cansativa tire a sua motivação. Depois de alcançar alguma meta importante, como atingir uma boa nota em prova, dê uma recompensa a si mesmo.



segunda-feira, 13 de março de 2017

"O Engenheiro de Bioprocessos e suas diferentes possibilidades de atuação" - Entrevista com Ariane Ferraz

"(...)muitas dessas -empresas- já reconhecem o quão competente e multidisciplinar é o Engenheiro de Bioprocessos."


O CAEB, com suporte e apoio de colaboradores - a ex-aluna Lorena de Oliveira Felipe e o Prof. Igor Boggione - traz mais uma entrevista do Projeto "O Engenheiro de Bioprocessos e suas diferentes possibilidades de atuação". O principal objetivo dessa iniciativa consiste em estimular os estudantes da Engenharia de Bioprocessos sobre as inúmeras possibilidades de atuação profissional, além de promover o estreitamento das empresas com os alunos para futuros estágios e/ou parcerias. Em última instância, o projeto também pretende fortalecer o nome da UFSJ enquanto formadora de bons profissionais para o mercado de trabalho. 
Iniciamos o ano de 2017 com uma Engenheira 'de casa' Ariane Ferraz. Formada em 2015, Ariane hoje estuda Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, CCO (UFSJ).Segundo ela, devemos "aproveitar muito a graduação e as oportunidades que ela lhe oferece, conhecer os projetos que são desenvolvidos na universidade, mesmo que não faça parte efetivamente de algum deles, conhecer um pouquinho de tudo, além de enriquecedor, pode ser um diferencial." Na foto, ela encontra-se com José Carlos, Isabel Braga e Alessandra, três professores de Engenharia de Bioprocessos, na sua banca. Veja a entrevista...






Dados pessoais:

1.               Nome completo: Ariane Coelho Ferraz
2.               Idade: 23 anos
3.               Ano de conclusão do curso: 2015.2
4.               Empresa que trabalha/Universidade de Pós-Graduação: Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, Campus Centro-Oeste (UFSJ)

Graduação: Engenharia de Bioprocessos

1.               Por que escolheu o curso de Engenharia de Bioprocessos?
Sempre tive muita facilidade em matemática, contudo as áreas de biologia e química orgânica eram minhas paixões no Ensino Médio, pensava em fazer bioquímica por isso, então quando conheci o curso de Engenharia de Bioprocessos me identifiquei muito e resolvi encarar o desafio de cursar a Engenharia.

2.               O que motivou a sua escolha pela UFSJ/CAP?
A localização foi o que me fez optar pelo CAP, uma vez que era a Universidade Federal que oferecia o curso que estava mais próximo a minha cidade natal.

3.               Participou de atividades extracurriculares durante a graduação? Caso sim, o que fomentou essa sua pró-atividade em buscar uma experiência além da sala de aula?
Sim, participei de três iniciações científicas e uma monitoria ao longo da graduação. Desde o momento que entrei na graduação sempre quis fazer pesquisa, tinha muito interesse e curiosidade para conhecer mais sobre esse universo. Então, a partir do segundo período já comecei a me candidatar para as vagas de IC que eram ofertadas.
4.               Quais as principais características de desenvolvimento – tanto pessoais quanto profissionais - você considera fundamental para um aluno de graduação?
Acredito que persistência, dedicação e manter a calma sejam essenciais para se conseguir uma graduação, principalmente quando se trata da rotina cansativa e pesada da Engenharia. Com foco no seu objetivo tudo se acerta!

Formei: e agora?

1.               Qual o caminho que você trilhou após a conclusão da graduação? O que te levou a isso?
No momento faço uma pós-graduação stricto sensu e pretendo seguir carreira acadêmica pelo prazer em ensinar e pela paixão em fazer pesquisa.

2.               Atualmente, qual a posição que você ocupa?
 Sou bolsista Capes de mestrado na pós-graduação em Biotecnologia.

3.               Como foi a forma de ingresso na empresa/instituição que você está agora?
A forma que me ingressei no programa de Mestrado do PPGBiotec foi por meio de um processo seletivo que consistiu em etapas de caráter eliminatório (Conhecimento específico e Inglês) e classificatório (Análise de Currículo).

4.               As matérias teóricas vistas em sala de aula, tanto do ciclo profissional quanto do ciclo básico, já foram demandadas por você na sua atuação prática hoje no mercado de trabalho?
Sim e muito, na área em que desenvolvo meu projeto de pesquisa ter conhecimento, mesmo que básico, principalmente de Microbiologia, Bioquímica (básica, metabólica, enzimologia), Biologia Molecular e Imunologia são essenciais para se compreender o objetivo do trabalho, os experimentos realizados ou mesmo para propor novos estudos e saber discutir os resultados. E a base de conhecimento que os professores da Engenharia de Bioprocessos do CAP nos dão é excelente, digo isto por estar convivendo com profissionais de diferentes formações e que sempre se assustam quando digo que sou Engenheira, rsrs. A multidisciplinariedade, e o que ela nos proporciona, é, sem dúvida, o ponto forte do nosso curso.

5.               Para chegar na posição que você ocupa atualmente, quais as atitudes que você tomou enquanto estudante e que considera essencial para ter chegado até aqui?
Além da dedicação com as disciplinas, com certeza as oportunidades extracurriculares que tive foram essenciais, desde as iniciações científicas aos congressos, que não só contribuíram enriquecendo meu currículo, como me fizeram amadurecer como pessoa e foi ponto chave para eu decidir qual carreira seguir.

6.               Quais conselhos você dá para os alunos do curso e para os demais graduandos em geral?
Aproveitar muito a graduação e as oportunidades que ela lhe oferece, conhecer os projetos que são desenvolvidos na universidade, mesmo que não faça parte efetivamente de algum deles, conhecer um pouquinho de tudo, além de enriquecedor, pode ser um diferencial. E, por mais difícil que possa estar a caminhada, nunca, jamais, desistir dos seus objetivos, principalmente aos alunos da Engenharia de Bioprocessos que, além dos desafios que todos os profissionais têm para ingressar no mercado de trabalho, ainda tem que lidar com o fato de algumas empresas da área desconhecerem a importante atuação do profissional, por ser um curso relativamente novo no Brasil, contudo este cenário vem mudando e muitas dessas já reconhecem o quão competente e multidisciplinar é o Engenheiro de Bioprocessos.  

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

"O Engenheiro de Bioprocessos e suas diferentes possibilidades de atuação" - Entrevista com Vinicius Bueno

Já pensou em cursar sua pós graduação fora do Brasil? 


O campus do Instituto Masdar é uma personificação desses ideais, alimentado por energia renovável e apoiada pela tecnologia de ponta, proporcionando aos alunos uma oportunidade única de viver e aprender em um verdadeiro ambiente de "laboratório vivo".


O CAEB, traz uma novidade na última entrevista de 2016. Vinicius Bueno, 23. Um aluno formado no Paraná abrilhandou ainda mais o Projeto "O Engenheiro de Bioprocessos e suas diferentes possibilidades de atuação". O principal objetivo dessa iniciativa consiste em estimular os estudantes da Engenharia de Bioprocessos sobre as inúmeras possibilidades de atuação profissional, além de promover o estreitamento das empresas com os alunos para futuros estágios e/ou parcerias.

Vinícius Bueno formou em Julho de 2015 na UFPR e está cursando mestrado na Masdar Institute of Science and Technology, Abu Dhabi. O Masdar Institute, o mais importante centro de pesquisa dos Emirados Árabes Unidos, é voltado para o estudo de energias alternativas, sustentabilidade e meio ambiente, e é grande importador de talentos*. O instituto já desenvolveu uma cidade completamente sustentável e movida somente com energia solar**.
Localizado em Masdar City, O instituto visa apoiar a diversificação econômica de Abu Dhabi, alimentando o capital humano e intelectual altamente qualificados e em parceria com os líderes da indústria.
Masdar City é uma cidade árabe moderna que está em sintonia com seus arredores. Possui um alto desenvolvimento urbano sustentável a nível regional e global, procurando sempre um desenvolvimento comercialmente viável que ofereça o ambiente de vida e de trabalho da mais alta qualidade com a menor demanda ecológica possível. O campus do Instituto Masdar é uma personificação desses ideais, alimentado por energia renovável e apoiada pela tecnologia de ponta, proporcionando aos alunos uma oportunidade única de viver e aprender em um verdadeiro ambiente de "laboratório vivo".







Dados pessoais:

1.               Nome completo: Vinicius Bueno
2.               Idade: 23
3.               Ano de conclusão do curso: Julho/2015
4.               Empresa que trabalha/Universidade de Pós-Graduação: Masdar Institute of Science and Technology, Abu Dhabi, UAE.

Graduação: Engenharia de Bioprocessos

1.               Por que escolheu o curso de Engenharia de Bioprocessos?
A escolha do curso foi interessante, porque eu nunca tinha ouvido falar de Engenharia de Bioprocessos até aquele momento. Desde pequeno meu sonho mudava incessantemente entre Medicina e Engenharia Química, e eu sabia que se escolhesse um em definitivo, parte do outro sempre me faria falta. Então decidi escolher um curso que juntava o que de mais importante tinha em comum com os dois, ou seja, algo que unisse a parte da saúde e biologia com a engenharia propriamente dita. Foi neste momento que descobri a Engenharia de Bioprocessos da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

2.               Participou de atividades extracurriculares durante a graduação? Caso sim, o que fomentou essa sua proatividade em buscar uma experiência além da sala de aula?
Sim, participei do Diretório Acadêmico do curso durante 2 anos, como Assessor no primeiro ano e Coordenador do Departamento de Pesquisa, Ensino e Extensão no segundo. Fui bolsista de Iniciação Científica (IC) durante um ano, bolsista do CsF na França e, por fim, participei de várias festas organizadas pelos Diretórios de Engenharia, que pode não parecer importante a primeira vista, mas foi onde fiz a maior parte dos meus contatos. Esse networking fora das salas de aula foi o que impulsionou minha carreira, me abrindo os olhos para oportunidades que antes eu não tinha acesso. Em resumo, eu acredito que as atividades extracurrilares são essenciais durante a nossa experiência universitária.
 
3.               Quais as principais características de desenvolvimento – tanto pessoais quanto profissionais - você considera fundamental para um aluno de graduação?
Curiosidade, sempre perguntei e queira saber mais, mesmo que seja um assunto que você domine, mesmo que seja uma pergunta boba, sendo curioso você descobre coisas e oportunidades que não estavam tão óbvias no início. Seja proativo, não espere ninguém te falar o que você deve fazer, não tenha medo de ser o primeiro a caçar uma IC, a entrar no Centro Acadêmico mesmo sendo seu primeiro ano na faculdade, se você teve uma boa ideia, faça e não pense duas vezes. Entretanto, o mais importante na minha opinião é a velha cara-de-pau: peça IC, peça estágio, peça por aquela bolsa, peça informações, procure contatos, faça networking, não tenha vergonha de pedir as coisas.

Formei: e agora?

1.               Qual o caminho que você trilhou após a conclusão da graduação? O que te levou a isso?
Pós-Graduação. Eu sempre quis seguir minha carreira fora do Brasil e o que eu pude notar é que a maioria das grandes empresas na área da engenharia consideram mestrado primordial hoje em dia, mesmo para as vagas do estilo “chão de fábrica”. No Canadá, por exemplo, PhD não é mais sinônimo de continuar sua vida na academia ou restritamente na pesquisa, muitos Diretores de Produção e CEOs tem PhD no currículo, o que na realidade é muito bem visto.

2.               Atualmente, qual a posição que você ocupa?
Research Assistant e Mestrando em Engenharia Química. Masdar Institute of Science and Technology, Abu Dhabi, UAE.

  
3.               Como foi a forma de ingresso na empresa/instituição que você está agora?
O Instituto me convidou por e-mail para me inscrever no processo de bolsa de estudos por causa das minhas notas no GRE (“vestibular” universal para pós-graduação nos Estados Unidos, como se fosse um ENEM para mestrado e doutorado). O processo para me inscrever foi bem padrão. Preenchi vários formulários com meu histórico, mandei documentos da UFPR provando que eu estava formado, CV, cover letter, 3 recomendações de professores/chefes, e depois de 3 meses de processo seletivo, fui aprovado.  

4.               As matérias teóricas vistas em sala de aula, tanto do ciclo profissional quanto do ciclo básico, já foram demandadas por você na sua atuação prática hoje no mercado de trabalho?
Administração para Engenheiros, Economia para Engenheiros, Fundamento de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, Projetos de Engenharia e TCC. Parece clichê, mas você não vai lembrar de boa parte do que aprendeu naquelas aulas teóricas de bioquímica ou cálculo, o que realmente fica são aqueles projetos que fazemos em matérias que focam o que um engenheiro faz no dia a dia, e isso envolve administrar uma empresa e uma equipe, envolve desenvolver e botar projetos em prática, numa perspectiva econômica e técnica. Mesmo que você siga na área de pesquisa, as experiências interpessoais que se adquire nesse tipo de curso é o que vai te guiar para o resto da vida profissional.

5.               Para chegar na posição que você ocupa atualmente, quais as atitudes que você tomou enquanto estudante e que considera essencial para ter chegado até aqui?
 Fui persistente desde o início, eu recebi varios nãos de bolsas de IC, de oportunidades de estágio, mestrado, trainees, até que um dia recebi um sim. Nunca desista depois de receber o primeiro não. Além disso, desde o meu primeiro ano eu sabia que queria estagiar ou fazer uma pós-graduação fora do país, desde então eu foquei minhas forças para realizar esse sonho. Aperfeiçoei meu inglês, francês e aprendi um pouco de alemão, procurei melhorar meu currículo com atividades extracurriculares e, como já mencionei, fui cara-de-pau e corri atrás de oportunidades, sem medo ou vergonha de levar um não.
6.               Quais conselhos você dá para os alunos do curso e para os demais graduandos em geral?
Criem uma meta e foquem em crescer tanto como pessoa quanto profissionalmente para alcançar essa meta. Atividades extracurriculares são tão importantes quanto suas notas, não achem que a universidade se limita as 4 paredes da sala de aula. Os professores estão ali para te ajudar e te guiar, então peçam ajuda a eles o quanto julgarem necessário. Metas a longo prazo precisam ser divididas em pequenas metas a curto prazo, isso é um exercício importante para te manter no caminho certo. Quem faz o nome do curso lá fora são vocês, não a universidade nem os professores, vocês que logo estarão no mercado e farão a fama desse curso que é relativamente novo.



* G1. Exclusivo web: veja dicas para conseguir bolsa no Masdar Institute

** G1  Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a energia solar 


quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

I Jornada de Verão de Microbiologia da UFV


Com o intuito de divulgar os projetos e pesquisas realizados pelos professores e estudantes do Programa de Pós-Graduação em Microbiologia Agrícola da Univers
idade Federal de Viçosa (UFV), o Núcleo de Estudos em Microbiologia Agrícola (NEMA) com o apoio do Departamento de Microbiologia da UFV realizará a I Jornada de Verão de Microbiologia da Universidade Federal de Viçosa entre os dias 06 e 10 de fevereiro de 2017.
Nosso objetivo é compartilhar conhecimentos e mostrar o trabalho desenvolvido pelos diferentes grupos de pesquisa do Departamento de Microbiologia da UFV, bem como as principais metodologias usadas em cada área , recebendo em nossos laboratórios estudantes de diferentes instituições de ensino, por isso nosso público alvo são estudantes de graduação e recém-graduados que tenham interesse em conhecer e atuar nas áreas de microbiologia e biotecnologia, e futuramente ingressar em nosso programa de pós-graduação.
​A Jornada terá duração de uma semana, e as atividades serão divididas em partes teóricas e práticas. Durante o período da manhã serão ministradas palestras sobre temas atuais de Microbiologia e durante à tarde os participantes terão a oportunidade de conhecer e participar de práticas experimentais em um laboratório do departamento de sua escolha, que serão ministradas em formato de minicurso. E para promover uma troca de experiências entre todos envolvidos no evento, os participantes são convidados a apresentarem o trabalho que desenvolvem em suas universidades na forma de pôster.

VEJA MAIS NO SITE http://jornadamicroufv.wixsite.com/jmicro
E NA PÁGINA NO FACEBOOK https://www.facebook.com/Jornada-de-Ver%C3%A3o-de-Microbiologia-da-UFV-550139058494591/?fref=ts&__mref=message_bubble

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Projeto estudado no Projeto Vetor participa da 4° FEICINTEC e abre possibilidade de obtenção de patente

Projeto Vetor: o pontapé para novas oportunidades


O Projeto Vetor é uma iniciativa motivada pelo Centro Acadêmico de Engenharia de Bioprocessos (CAEB) com o objetivo de estimular os calouros do curso a adquirirem uma visão mais ampliada da referida graduação através do aprendizado por tutoria. Este projeto foi elaborado outro curso, e modificado pelo CAEB para a Eng. de Bioprocessos. 
Assim sendo, o aluno recém-admitido no curso e matriculados na disciplina de “Introdução à Engenharia de Bioprocessos” tem a oportunidade de receber a mentoria de um egresso ou que já estão em períodos mais avançados da graduação.
A partir dessa mentoria, os ingressantes têm a chance de desenvolver ao longo de todo o semestre um projeto teórico e/ou prático alinhado com as mais variadas temáticas que perfazem a biotecnologia. Desse modo, além da tremenda troca de experiências entre mentor e mentorado, o estudante tem também o privilégio de protagonizar a escolha do assunto a ser desenvolvido, favorecendo assim a motivação para o desenvolvimento da pesquisa.
Ainda, o Projeto Vetor pode contribuir para uma outra faceta: a de que, para a maioria dos estudantes, será o primeiro contato com a literatura científica, bem como com a ciência e seus desafios inerentes (persistência, resiliência e trabalho duro). Adicionalmente, o aluno passa a ter a oportunidade de enxergar mais à frente no curso e já pode começar a determinar suas preferências e possível escolha do caminho profissional a ser seguido.
 No primeiro semestre de 2016 a primeira edição do Projeto Vetor foi rodada e outra potencialidade de contribuição do referido projeto ficou bem clara: de que a participação bem-sucedida nesse tipo de iniciativa pode ser o pontapé para a criação de projetos inovadores. Nesse contexto, um exemplo que bem ilustra essa nova possibilidade refere-se ao projeto mentorado pela egressa do curso Lorena de Oliveira Felipe e seu grupo de estudantes.
De acordo com Lorena, o Projeto Vetor foi apenas o começo de uma ideia que, posteriormente, iria gerar muitas outras oportunidades. A prova disso é que encerrado o semestre, a pesquisa mentorada por Lorena não teve seu fim determinado. E, para assegurar o rápido desenvolvimento do projeto, várias parcerias foram feitas, tornando a pesquisa multidisciplinar e com claras perspectivas futuras.
Dessa maneira, atualmente, além da professora-voluntária Lorena Felipe, a equipe está composta pelo Prof. Igor José Boggione dos Santos (DQBIO); Prof. Tarsis Prado Barbosa (DETEM) e Prof. Eduardo Prado Baston (DEQ). Outros quatro estudantes de diferentes Engenharias também estão compondo o referido grupo de pesquisa. Ainda, a dedicação dispensada ao projeto já está possibilitando feedbacks positivos, entre os quais: (i) a redação de uma patente; (ii) a participação na 4 FEICINTEC (Feira de Ciências e Inovações Tecnológicas promovida pelo CREA-MG); (iii) bem como a pré-aceleração da ideia para uma possível incubação do processo tecnológico inventado no ano de 2017”.
Alunos na 4ª FEICINTEC, promovida pelo CREA-MG
Portanto, o Projeto Vetor vem reforçar que iniciativas pioneiras como essa, onde calouros e egressos são abraçados, podem contribuir efetivamente na valorização do curso de Engenharia de Bioprocessos, mostrando e reforçando que a Biotecnologia sinaliza cada dia mais o seu protagonismo em um futuro próximo como ciência-chave para o desenvolvimento sustentável.

Abaixo, segue o depoimento de dois estudantes que fizeram parte da Primeira Edição do Projeto Vetor:

“Participar do projeto vetor foi um grande aprendizado, pois tive a oportunidade de ter contato direto, já desde o primeiro período, com os laboratórios da Universidade.  Além disso, o projeto incentiva o aluno a buscar por novidades, desenvolver o trabalho em equipe e a capacidade de falar em público. E, ainda, é possível que o grupo desenvolva um projeto realmente inovador, que desperte o interesse de algum docente que esteja assistindo à apresentação, podendo assim se tornar mais que um simples trabalho. Tive o prazer de ter como monitora Lorena de Oliveira Felipe, a qual estava realmente interessada em passar seu conhecimento e participar ativamente de todas as reuniões, além de toda a motivação que nos proporcionava. Pude ter alegria de ver o sucesso do projeto, depois de tanto trabalho duro. Foram sábados no laboratório, noites preparando a apresentação, tardes ensaiando. E ver que todo aquele esforço me trouxe e traz, ainda hoje, bons resultados, é o mais gratificante”.
Paula Xavier desenvolveu o Projeto “Estudo da biodegradação do poliestireno expandido (EPS) pela larva do bicho-da-farinha” e mentorada da tutora Lorena de Oliveira Felipe.

“Participar do Projeto Vetor foi uma experiência bem bacana, nela pude perceber as várias áreas de atuação de um Eng. de Bioprocessos. Elaborei um projeto na área de medicamentos na qual obtive muito aprendizado, aprendi a trabalhar em equipe, pesquisar e ter postura na hora de apresenta e um trabalho fora o conhecimento adquirido. No final de tudo pude ter certeza que eu quero me formar como Engenheiro de Bioprocessos."

Breno Quites desenvolveu o Projeto "Produção de insulina utilizando tecnologia do DNA recombinante em alface".

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

"O Engenheiro de Bioprocessos e suas diferentes possibilidades de atuação" - Entrevista com Fernanda Severo Ribeiro

"Busque aprimoramento e conhecimento além da Universidade, faça cursos de idiomas, intercâmbio, e o mais importante faça aquilo que goste"

O CAEB, com suporte e apoio de colaboradores - a ex-aluna Lorena de Oliveira Felipe e o Prof. Igor Boggione - traz mais uma entrevista do Projeto "O Engenheiro de Bioprocessos e suas diferentes possibilidades de atuação". O principal objetivo dessa iniciativa consiste em estimular os estudantes da Engenharia de Bioprocessos sobre as inúmeras possibilidades de atuação profissional, além de promover o estreitamento das empresas com os alunos para futuros estágios e/ou parcerias. Em última instância, o projeto também pretende fortalecer o nome da UFSJ enquanto formadora de bons profissionais para o mercado de trabalho. 
Temos o prazer de publicar mais uma entrevista. Agora, com a Engenheira Fernanda Severo de Rezende Ribeiro, 26. Formada em 2014, Fernanda hoje é Analista Industrial de Hemoderivados e Biotecnologia - Fracionamento Industrial do Plasma, na Hemobrás, uma empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia. Hemobrás é uma empresa que trabalha para reduzir a dependência externa do Brasil no setor de derivados do sangue e biofármacos, ampliando o acesso da população a medicamentos essenciais à vida de milhares de pessoas com hemofilia, além de pacientes de imunodeficiências genéticas, cirrose, câncer, Aids, queimaduras, entre outras doenças.


Dados pessoais:

1.               Nome completo: Fernanda Severo de Rezende Ribeiro
2.               Idade: 26 anos
3.               Ano de conclusão do curso: 2014
4.               Empresa que trabalha/Universidade de Pós-Graduação: Hemobrás – Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia

Graduação: Engenharia de Bioprocessos

1.               Por que escolheu o curso de Engenharia de Bioprocessos?
Desde o ensino médio eu tinha afinidade com as matérias de biologia e física, gostava de química e me dava bem em matemática. Na hora de escolher o curso queria algo que mesclasse essas matérias e não pensei duas vezes quando descobri a Engenharia de Bioprocessos. O que me chamou a atenção foi o campo de atuação do profissional que pode ser na indústria farmacêutica, alimentícia, cosmética, bioenergia, meio ambiente, entre outros.

2.               O que motivou a sua escolha pela UFSJ/CAP?
Com certeza foi o Engenharia de Bioprocessos que me motivou, pois era o primeiro curso em Minas Gerais.

3.               Participou de atividades extracurriculares durante a graduação? Caso sim, o que fomentou essa sua pró-atividade em buscar uma experiência além da sala de aula?
Sim. Tive a oportunidade de estagiar na Universidade Federal de Lavras onde atuei em um projeto que visava o desenvolvimento e otimização de processos para obtenção de bebidas fermentadas e seleção de culturas starter para processos fermentativos. 
Também participei da Empresa Júnior, a ATP Jr., como sócia-fundadora e Diretora de Qualidade. Foi uma experiência incrível e determinante para eu ter conseguido um estágio extracurricular na Danone. Assim, durante esse estágio fiquei responsável pelo setor de compras de insumos (leite), pela liderança de projetos de redução de custos e assistência técnica aos fornecedores de matéria-prima.

4.               Quais as principais características de desenvolvimento – tanto pessoais quanto profissionais - você considera fundamental para um aluno de graduação?
Acredito que tanto como aluno e profissional as principais características exigidas para o sucesso são: o trabalho em equipe, saber lidar com pessoas de diferentes personalidades, ter proatividade e o autoconhecimento. O bom aluno ou profissional deve ter consciência de suas habilidades e pontos fracos, buscando sempre melhorar seu comportamento.

Formei: e agora?

1.               Qual o caminho que você trilhou após a conclusão da graduação? O que te levou a isso?
Ainda na graduação eu tinha a certeza que queria trabalhar na indústria, então corri atrás de um estágio na produção. Mesmo tendo passado para uma vaga administrativa na Danone tive a oportunidade de conhecer melhor a indústria e perceber que era o ambiente onde eu queria trabalhar, não importava ser uma área técnica ou administrativa. Trabalhei na Danone por 7 meses e logo em seguida passei no concurso da Hemobrás.

2.               Atualmente, qual a posição que você ocupa?
Atualmente sou Analista Industrial de Hemoderivados e Biotecnologia - Fracionamento Industrial do Plasma.

3.               Como foi a forma de ingresso na empresa/instituição que você está agora?
Através da aprovação em concurso público.
4.               As matérias teóricas vistas em sala de aula, tanto do ciclo profissional quanto do ciclo básico, já foram demandadas por você na sua atuação prática hoje no mercado de trabalho?
Com certeza. Trabalho na área técnica do setor de incorporação de tecnologia e processos e, no momento, a fábrica ainda está em fase de implantação. Assim sendo, minhas atividades atuais se resumem em: elaboração e aprovação de documentação técnica, análise e aprovação de especificações; PIDs; fluxogramas de produção; acompanhamento de execução de projetos construtivos de equipamentos de produção; qualificação de fornecedores; participação em testes de aceitação em fábrica de equipamentos. Assim sendo precisei relembrar alguns conceitos de determinadas matérias vistas na graduação, entre as quais: Instrumentação e Controle de Processos; Instalações Industriais; Operações Unitárias; Mecânica dos Fluidos; Separação/Purificação de Produtos Biotecnológicos; Cultivo de Células.

5.               Para chegar na posição que você ocupa atualmente, quais as atitudes que você tomou enquanto estudante e que considera essencial para ter chegado até aqui?
Estudei muito. Costumava estudar 6 horas por dia além das aulas na faculdade. Mas acho que o diferencial foi a busca de atividades extracurriculares. E me arrependo de não ter participado de mais projetos.  Com certeza aquele estudante que tem experiências além daquelas proporcionadas pela faculdade e fale pelo menos o inglês fluente terá mais chances no mercado de trabalho. Não esquecendo que no contexto das empresas, o relacionamento interpessoal é de extrema importância. Ter um bom relacionamento com os colegas contribui muito para o sucesso do profissional.

6.               Quais conselhos você dá para os alunos do curso e para os demais graduandos em geral?
Busque aprimoramento e conhecimento além da universidade, faça cursos de idiomas, intercâmbios, e o mais importante faça aquilo que goste. Muita gente acha que tem seguir a carreira na indústria, chegar a cargos no topo, ou ser professor de universidade. Mas se não gosta, não tem que ser assim, seguir padrões, você tem que fazer o que gosta. E se, por exemplo, seu talento for empreender, não só na área que cursou, mas em outra diferente?! A vida é feita de escolhas e existem riscos em tudo que fazemos. O necessário é ter coragem para enfrentá-los!