A empresa brasileira de biotecnologia industrial GranBio desenvolveu um tipo de etanol a partir da celulose e apresentou a novidade nesta terça-feira (28), ao secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Elias, e a gestores da pasta.
O combustível poderia ser usado comercialmente na produção de etanol de segunda geração, que não é extraído diretamente da cana-de-açúcar. O chamado etanol celulósico é fabricado a partir da celulose e hemicelulose existentes nas fibras vegetais, como bagaço e palha de cana. Essas moléculas são expostas e quebradas em açúcares menores graças à ação de enzimas especializadas. Esses açúcares, por sua vez, são bombeados para fermentadores, onde leveduras geneticamente modificadas os convertem em etanol.
Segundo o presidente da GranBio, Bernardo Gradin, a empresa trabalha com uma tecnologia recente, que converte os resíduos de biomassa, como uma fonte de energia, em açúcar industrial e do açúcar industrial em biocombustíveis bioquímicos.
“O açúcar que não concorre com comida, chamado de celulose, pode ser uma fonte de carbono mais competitiva em termos de custos e de abundância no Brasil em relação ao petróleo”, comentou.
Inovação
Para o secretário-executivo do MCTI, Luiz Antonio Elias, trata-se de uma iniciativa inovadora, que vai ao encontro à expectativa de governo de alavancar a inovação no país. “O que chama mais atenção é que se trata de uma grande empresa que tem a pesquisa e o desenvolvimento [P&D] como núcleo central”, disse. “Isso mostra que estamos no caminho, certo, ao ampliarmos a capacidade da ciência no país e ao criarmos instrumentos que facilitam a ambiência na área da inovação”, acrescentou Elias.
A GranBio e a API, sua afiliada nos Estados Unidos, têm aproximadamente 84 pesquisadores e engenheiros dedicados a P&D.
Fonte: MCTI
Nenhum comentário:
Postar um comentário