O CAEB abre edital para seleção de novos membros que irão preencher (02) duas vagas no setor de comunicação, (01) uma vaga no setor administrativo e (01) uma vaga no setor sociocultural.
Leiam o edital atentamente e acompanhem a data para o envio da ficha seletiva!
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sexta-feira, 28 de março de 2014
terça-feira, 25 de março de 2014
sexta-feira, 21 de março de 2014
Síndrome de Down poderá ter sintomas atenuados
Pessoas com síndrome de Down sempre foram consideradas como portadoras de atraso incurável de desenvolvimento – até agora. Nos últimos anos vários laboratórios descobriram alvos críticos em rotas metabólicas afetadas no cérebro de pessoas com a síndrome que podem ser restauradas com fármacos. Pelo menos dois estudos clínicos atuais estão estudando os efeitos desses tratamentos em pessoas com síndrome de Down.
A síndrome de Down ocorre em cerca de um em cada mil nascimentos todos os anos, no mundo inteiro. Ela surge a partir de uma cópia extra do cromossomo 21, e da super-expressão de cada um dos 300 a 500 genes que esse cromossomo carrega.Agora o geneticista Roger Reeves, da Johns Hopkins University, pode ter encontrado mais um alvo para medicamentos – um com o potencial de corrigir os déficits de aprendizagem e memória tão característicos da doença.
Essa melhoria na base de conhecimento levou a uma série de descobertas com promessas terapêuticas, incluindo a mais recente feita por Reeves. Ele e sua equipe estavam tentando restaurar o tamanho do cerebelo em ratos que foram modificados para apresentar as características da síndrome de Down.
O cerebelo fica na base do cérebro, e controla funções motoras, o aprendizado motor e o equilíbrio. Em pessoas com síndrome de Down, e nos ratos usados como modelo para a doença, o cerebelo é cerca de 40% menor que o normal. Ao restaurar seu tamanho, Reeves esperava obter uma melhor compreensão dos processos de desenvolvimento que levaram a anomalias em um cérebro com síndrome de Down.
A equipe de Reeves injetou um composto químico que estimula uma importante rota de desenvolvimento neural em ratos recém-nascidos com Down; entre outras coisas, esse composto organiza o crescimento do cerebelo.
“Na verdade nós não ficamos surpresos em consertar o cerebelo. Essa foi nossa hipótese inicial”, explica Reeves. Mas ele não tinha previsto que, três meses após o tratamento, os ratos com um cerebelo restaurado seriam capazes de aprender a se locomover por um labirinto de água – uma função do aprendizado e da memória que se acreditava ser controlada por outra parte do cérebro, o hipocampo.
Os pesquisadores ainda não sabem se consertaram o hipocampo sem querer, ou se o cerebelo pode ser responsável por mais funções de aprendizado e memória que se pensava anteriormente.
De fato, outros tratamentos investigativos para a síndrome de Down são dirigidos ao hipocampo – mas nenhum deles visa essa rota química específica.
O estudo de Reeves, publicado recentemente em Science Translational Medicine, pode levar a tratamento capaz de permitir que os portadores da síndrome de Down tenham vidas mais independentes. “Nós temos a possibilidade de dar a portadores da síndrome de Down a capacidade de melhorar seu aprendizado e sua memória de maneira significativa.”
quarta-feira, 19 de março de 2014
Cientistas brasileiros desenvolvem soja tolerante à seca!
Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolveram uma soja transgênica que possui um gene que confere a ela tolerância à seca. Segundo o professor da UFRJ Márcio Alves Ferreira, a nova soja deverá passar por diversos testes de campo e depois por rigorosas avaliações de risco para ser, finalmente, liberada comercialmente pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
Ferreira é um dos responsáveis pelas pesquisas desenvolvidas no projeto Genosoja, que pretende viabilizar o cultivo de soja em regiões que sofrem com escassez de água. Para desenvolver a versão geneticamente modificada (GM) da oleaginosa, os cientistas transferiram para ela um gene do café que expressa resistência à falta de água. A nova soja transgênica poderá sobreviver com redução de até 50% na quantidade de água sem qualquer prejuízo para seu crescimento ou qualidades funcionais.
Os estudos já estão em estágio avançado e a previsão é que a tecnologia GM esteja disponível ao consumidor brasileiro em aproximadamente cinco anos. Ainda segundo Ferreira, é possível que essa mesma técnica seja utilizada futuramente no desenvolvimento de outras cultivares tolerantes à seca, como a cana-de-açúcar, o feijão e o arroz. “A tolerância da soja à seca vai ampliar as fronteiras agrícolas e viabilizar terras não utilizadas, ou subutilizadas, por causa da falta de água”, comenta o professor.
Ferreira é um dos responsáveis pelas pesquisas desenvolvidas no projeto Genosoja, que pretende viabilizar o cultivo de soja em regiões que sofrem com escassez de água. Para desenvolver a versão geneticamente modificada (GM) da oleaginosa, os cientistas transferiram para ela um gene do café que expressa resistência à falta de água. A nova soja transgênica poderá sobreviver com redução de até 50% na quantidade de água sem qualquer prejuízo para seu crescimento ou qualidades funcionais.
Os estudos já estão em estágio avançado e a previsão é que a tecnologia GM esteja disponível ao consumidor brasileiro em aproximadamente cinco anos. Ainda segundo Ferreira, é possível que essa mesma técnica seja utilizada futuramente no desenvolvimento de outras cultivares tolerantes à seca, como a cana-de-açúcar, o feijão e o arroz. “A tolerância da soja à seca vai ampliar as fronteiras agrícolas e viabilizar terras não utilizadas, ou subutilizadas, por causa da falta de água”, comenta o professor.
quarta-feira, 12 de março de 2014
Empresa desenvolve projeto de etanol feito a partir de celulose!
A empresa brasileira de biotecnologia industrial GranBio desenvolveu um tipo de etanol a partir da celulose e apresentou a novidade nesta terça-feira (28), ao secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Elias, e a gestores da pasta.
O combustível poderia ser usado comercialmente na produção de etanol de segunda geração, que não é extraído diretamente da cana-de-açúcar. O chamado etanol celulósico é fabricado a partir da celulose e hemicelulose existentes nas fibras vegetais, como bagaço e palha de cana. Essas moléculas são expostas e quebradas em açúcares menores graças à ação de enzimas especializadas. Esses açúcares, por sua vez, são bombeados para fermentadores, onde leveduras geneticamente modificadas os convertem em etanol.
Segundo o presidente da GranBio, Bernardo Gradin, a empresa trabalha com uma tecnologia recente, que converte os resíduos de biomassa, como uma fonte de energia, em açúcar industrial e do açúcar industrial em biocombustíveis bioquímicos.
“O açúcar que não concorre com comida, chamado de celulose, pode ser uma fonte de carbono mais competitiva em termos de custos e de abundância no Brasil em relação ao petróleo”, comentou.
Inovação
Para o secretário-executivo do MCTI, Luiz Antonio Elias, trata-se de uma iniciativa inovadora, que vai ao encontro à expectativa de governo de alavancar a inovação no país. “O que chama mais atenção é que se trata de uma grande empresa que tem a pesquisa e o desenvolvimento [P&D] como núcleo central”, disse. “Isso mostra que estamos no caminho, certo, ao ampliarmos a capacidade da ciência no país e ao criarmos instrumentos que facilitam a ambiência na área da inovação”, acrescentou Elias.
A GranBio e a API, sua afiliada nos Estados Unidos, têm aproximadamente 84 pesquisadores e engenheiros dedicados a P&D.
Fonte: MCTI
Alteração em gene reduziu índices de tumor em células-tronco!!
Pesquisadores do Instituto de Biociências (IB) da USP conseguiram reduzir de forma significativa o desenvolvimento de tumores em células-tronco embrionárias a partir do silenciamento (redução da expressão) de um gene específico. Trata-se do gene E2F2, que se manifestava de forma aberrante em diversos tipos de cânceres.
O coordenador da pesquisa é Oswaldo Keith Okamoto, professor do IB e pesquisador do Centro de Pesquisas sobre o Genoma Humano e Células-tronco (CEGH-CEL). Desde 2003, seu grupo estuda tumores e em 2008 passou também a estudar células-tronco embrionárias. Os resultados do projeto “Fator de transcrição E2F2 e expressão de proto-oncogenes em células-tronco embrionárias humanas” foram divulgados em janeiro deste ano na revista Stem Cells and Development. Ele teve verba da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e os estudos foram desenvolvidos no Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do IB.
As células-tronco embrionárias têm como característica a pluripotência, isto é, a capacidade de se diferenciar em qualquer tipo de célula dos tecidos biológicos. Porém, o professor Oswaldo ressalta: “as células pluripotentes também têm capacidade de gerar tumores”.
Do total de genes presentes nas células humanas, normalmente, apenas um conjunto deles encontra-se ativo. “O comportamento aberrante de um gene é dado, por exemplo, pelo fato de ele estar ativo quando não deveriam estar, ou estar inativo quando deveria ter atividade”, diz ele. Essa alteração de expressão gênica forma um padrão completamente anormal e acaba afetando o comportamento celular, podendo desencadear a geração de um tumor.
Durante os estudos sobre câncer, observou-se que células com maior grau de malignidade em tumores cerebrais agressivos, do tipo glioblastoma, apresentavam alta expressão do gene E2F2. A partir disso, o grupo desconfiou que o gene poderia também estar relacionado à capacidade tumorigênica das células-tronco embrionárias. Estas costumam desenvolver teratomas, que são tumores em geral benignos, mas que podem, sim, apresentar malignidade.
Metodologia
Após obter um resultado positivo in vitro, os pesquisadores testaram o efeito em camundongos imunossuprimidos, pois assim não haveria rejeição, por parte do sistema imunológico, às células humanas. Metade deles recebeu células-tronco embrionárias comuns e a outra metade, células modificadas (com o gene E2F2 silenciado). Em todos os momentos observados, os camundongos que foram inoculados com células modificadas tiveram incidência menor de tumores.
Após esse primeiro êxito, o grupo passou a analisar se as células modificadas ainda teriam a capacidade de se diferenciar em qualquer tipo de tecido. “Na literatura, todos os trabalhos que estudam pluripotência a correlacionam com potencial tumorigênico”, afirma Okamoto. Porém, após serem estimuladas in vitro a se diferenciarem em células dos três tipos de folhetos germinativos (endoderma, mesoderma e ectoderma), observou-se que tal capacidade não foi afetada. Foi possível notar, ainda, a preservação da expressão de fatores de pluripotência.
Para o futuro, Okamoto espera combinar suas pesquisas com os estudos sobre células pluripotentes induzidas, cuja sigla em inglês é IPS. Estas são obtidas a partir do próprio paciente e podem ser reprogramadas para gerarem outros tecidos. “Qualquer célula deste tipo seria geneticamente compatível com o paciente, o que diminui a chance de destruição pelo sistema imune”, diz ele. Interligar esses estudos seria um grande avanço no sentido de tratar doenças que hoje são de difícil tratamento, como lesões medulares, degeneração macular, diabetes, Parkinson, Alzheimer e distrofia muscular.
Otavio Nadaleto / Agência USP de Notícias
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