terça-feira, 18 de abril de 2017

"O Engenheiro de Bioprocessos e suas diferentes possibilidades de atuação" - Entrevista com Fillipe H. de Oliveira

O CAEB, com suporte e apoio de colaboradores - a ex-aluna Lorena de Oliveira Felipe e o Prof. Igor Boggione - traz mais uma entrevista do Projeto "O Engenheiro de Bioprocessos e suas diferentes possibilidades de atuação". O principal objetivo dessa iniciativa consiste em estimular os estudantes da Engenharia de Bioprocessos sobre as inúmeras possibilidades de atuação profissional, além de promover o estreitamento das empresas com os alunos para futuros estágios e/ou parcerias. Em última instância, o projeto também pretende fortalecer o nome da UFSJ enquanto formadora de bons profissionais para o mercado de trabalho. 
Damos continuidade com um Engenheiro diferenciado pela sua atual área de trabalho. Formada em 2014, Fillipe de Oliveira, 27 trabalha no Instituto Nacional de Criminalística (INC), além de cursar pelo Pós-Graduação em Tecnologias Química e Biológica pela Universidade de Brasília (UNB). Veja a entrevista...






Dados pessoais:

1.               Nome completo: Fillipe Herbert de Oliveira
2.               Idade: 27 anos
3.               Ano de conclusão do curso: 2014
4.             Empresa que trabalha/Universidade de Pós-Graduação: Instituto Nacional de Criminalística (INC) e Pós-Graduação em Tecnologias Química e Biológica pela Universidade de Brasília (UNB)

Graduação: Engenharia de Bioprocessos

1.               Por que escolheu o curso de Engenharia de Bioprocessos?
Sempre tive muita facilidade em matemática, contudo as áreas de biologia e química orgânica eram minhas paixões no Ensino Médio, pensava em fazer bioquímica por isso, então quando conheci o curso de Engenharia de Bioprocessos me identifiquei muito e resolvi encarar o desafio de cursar a Engenharia.

2.               Participou de atividades extracurriculares durante a graduação? Caso sim, o que fomentou essa sua pró-atividade em buscar uma experiência além da sala de aula?
No ano de 2009, fiz um curso sobre Biodiesel que foi promovida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). No ano de 2010, fiz um curso de Destinação de Resíduos Industriais que foi organizado Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). No ano de 2013, fiz um curso de Gestão da Qualidade realizado pelo SEBRAE- Brasília. Nos anos de 2013 e 2014, participei como voluntário da Organização da atividade de extensão realizada Universidade Paulista (UNIP) do município de Pirapora-MG. Ao longo do curso de graduação, fiz um curso Avançado em proficiência em Inglês, uma vez que o conhecimento em outro idioma é extremamente importante para a carreira. Durante o curso fui monitor nas seguintes disciplinas: 2012- Química Geral; 2013- Microbiologia Industrial e 2014- Química Orgânica. Participei do projeto de Iniciação Científica sobre Produção de Biomoléculas para Utilização como Controle Interno em Kits de Diagnóstico para HCV sob a orientação do Professor Dr. Antônio Helvécio Totola. Participação em dois projetos sob a orientação da Professora Drª. Ana Paula Fonseca Maia de Urzedo: 1- Aplicação do Compósito Minério de Ferro/Biocarvão ao Estudo da Adsorção e Degradação de Fármacos; 2- Efeito da Radiação UV no Processo de Adsorção e Degradação do Propranolol pelo Compósito TiO2/Biocarvão. As atividades extracurriculares agregam valor ao currículo, bem como aprimora as competências individuais, contribuindo para o desenvolvimento da capacidade de trabalhar em equipe e identificar as aptidões e competências individuais.
3.               Quais as principais características de desenvolvimento – tanto pessoais quanto profissionais - você considera fundamental para um aluno de graduação?
Para o aluno de graduação as principais competências pessoais e profissionais são: resistência, aprendizado, ética, adaptação e autoconfiança.
A todo o momento o estudante irá passar por problemas, por menor que eles sejam, porém, o que diferencia uma pessoa da outra é a maneira como ela enfrenta essas dificuldades, as supere e aprende com elas. Para isso, o aluno deve procurar melhorar, fazer as coisas com mais qualidades e superar-se a si mesmo. A capacidade de se adaptar aos diferentes ambientes, como provas difíceis e trabalhos cansativos, é o que vai diferenciá-lo daqueles acostumados com coisas boas e fáceis.

Formei: e agora?

1.               Qual o caminho que você trilhou após a conclusão da graduação? O que te levou a isso?
Após a conclusão do curso no ano de 2014 decidi que queria fazer um curso de pós-graduação. Em razão de possuir família e conhecer a cidade de Goiânia, no início do ano de 2015 passei no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Porém, tive um problema de saúde e foi então que eu decidi mudar para a cidade de Brasília. No inicio de 2016, decidi tentar o Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Química e Biológica da Universidade de Brasília (UNB), onde acabei passando e estou cursando no momento.

2.               Atualmente, qual a posição que você ocupa?
Ao passar no inicio de 2016 no curso de Pós-Graduação em Tecnologias Química e Biológica, tive a oportunidade de participar de um processo seletivo do Instituto Nacional de Criminalística (INC), que é vinculado a Policia Federal em Brasília. Dessa forma, consegui a vaga e hoje desenvolvo minha pesquisa por meio do Projeto Pequi (Perfil Químico de Drogas), implementado no ano de 2006 pela Polícia Federal. O objetivo do Projeto Pequi é desenvolver e validar metodologias analíticas para a quantificação de cocaína, através do estabelecimento de perfis químicos complexos para cada amostra de droga analisada, sendo uma ferramenta útil e adequada para fornecer medidas relativas dos componentes presentes nas amostras de drogas.

3.               As matérias teóricas vistas em sala de aula, tanto do ciclo profissional quanto do ciclo básico, já foram demandadas por você na sua atuação prática hoje no mercado de trabalho?
Varias disciplinas são abordadas no dia-a-dia para o desenvolvimento do trabalho no Instituto Nacional de Criminalística (INC). Entre elas: Química Geral, Princípios de Química Orgânica, Físico-Química, Química Analítica e Análise Instrumental. Pelo fato de ter cursado e ser monitor das disciplinas Química Geral (2012) e Química Orgânica (2014), foi um fator diferencial para o conhecimento e aplicação de rotina no Projeto Pequi.

4.               Para chegar na posição que você ocupa atualmente, quais as atitudes que você tomou enquanto estudante e que considera essencial para ter chegado até aqui?
Sempre tive o sonho de algum dia trabalhar como Perito na Policia Federal. Dessa forma, quando comecei a fazer o programa de Pós-Graduação em Tecnologias Química e Biológica na Universidade de Brasília e soube que teria a seleção para trabalhar no Instituto Nacional de Criminalística, decidi que seria meu objetivo passar na seleção. Em razão de conseguir a vaga, estou feliz por desenvolver o trabalho em um laboratório de referência Internacional, e continuo estudando para que dia meu sonho seja realizado.

5.               Quais conselhos você dá para os alunos do curso e para os demais graduandos em geral?
O conselho que dou para os alunos é que vale a pena ter sempre uma disciplina. Em razão das inúmeras disciplinas e suas dificuldades relacionadas, caso o aluno não programar um tempo para estudar e deixar correr os prazos acaba se enrolando. Não deixe que a rotina cansativa tire a sua motivação. Depois de alcançar alguma meta importante, como atingir uma boa nota em prova, dê uma recompensa a si mesmo.



segunda-feira, 13 de março de 2017

"O Engenheiro de Bioprocessos e suas diferentes possibilidades de atuação" - Entrevista com Ariane Ferraz

"(...)muitas dessas -empresas- já reconhecem o quão competente e multidisciplinar é o Engenheiro de Bioprocessos."


O CAEB, com suporte e apoio de colaboradores - a ex-aluna Lorena de Oliveira Felipe e o Prof. Igor Boggione - traz mais uma entrevista do Projeto "O Engenheiro de Bioprocessos e suas diferentes possibilidades de atuação". O principal objetivo dessa iniciativa consiste em estimular os estudantes da Engenharia de Bioprocessos sobre as inúmeras possibilidades de atuação profissional, além de promover o estreitamento das empresas com os alunos para futuros estágios e/ou parcerias. Em última instância, o projeto também pretende fortalecer o nome da UFSJ enquanto formadora de bons profissionais para o mercado de trabalho. 
Iniciamos o ano de 2017 com uma Engenheira 'de casa' Ariane Ferraz. Formada em 2015, Ariane hoje estuda Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, CCO (UFSJ).Segundo ela, devemos "aproveitar muito a graduação e as oportunidades que ela lhe oferece, conhecer os projetos que são desenvolvidos na universidade, mesmo que não faça parte efetivamente de algum deles, conhecer um pouquinho de tudo, além de enriquecedor, pode ser um diferencial." Na foto, ela encontra-se com José Carlos, Isabel Braga e Alessandra, três professores de Engenharia de Bioprocessos, na sua banca. Veja a entrevista...






Dados pessoais:

1.               Nome completo: Ariane Coelho Ferraz
2.               Idade: 23 anos
3.               Ano de conclusão do curso: 2015.2
4.               Empresa que trabalha/Universidade de Pós-Graduação: Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, Campus Centro-Oeste (UFSJ)

Graduação: Engenharia de Bioprocessos

1.               Por que escolheu o curso de Engenharia de Bioprocessos?
Sempre tive muita facilidade em matemática, contudo as áreas de biologia e química orgânica eram minhas paixões no Ensino Médio, pensava em fazer bioquímica por isso, então quando conheci o curso de Engenharia de Bioprocessos me identifiquei muito e resolvi encarar o desafio de cursar a Engenharia.

2.               O que motivou a sua escolha pela UFSJ/CAP?
A localização foi o que me fez optar pelo CAP, uma vez que era a Universidade Federal que oferecia o curso que estava mais próximo a minha cidade natal.

3.               Participou de atividades extracurriculares durante a graduação? Caso sim, o que fomentou essa sua pró-atividade em buscar uma experiência além da sala de aula?
Sim, participei de três iniciações científicas e uma monitoria ao longo da graduação. Desde o momento que entrei na graduação sempre quis fazer pesquisa, tinha muito interesse e curiosidade para conhecer mais sobre esse universo. Então, a partir do segundo período já comecei a me candidatar para as vagas de IC que eram ofertadas.
4.               Quais as principais características de desenvolvimento – tanto pessoais quanto profissionais - você considera fundamental para um aluno de graduação?
Acredito que persistência, dedicação e manter a calma sejam essenciais para se conseguir uma graduação, principalmente quando se trata da rotina cansativa e pesada da Engenharia. Com foco no seu objetivo tudo se acerta!

Formei: e agora?

1.               Qual o caminho que você trilhou após a conclusão da graduação? O que te levou a isso?
No momento faço uma pós-graduação stricto sensu e pretendo seguir carreira acadêmica pelo prazer em ensinar e pela paixão em fazer pesquisa.

2.               Atualmente, qual a posição que você ocupa?
 Sou bolsista Capes de mestrado na pós-graduação em Biotecnologia.

3.               Como foi a forma de ingresso na empresa/instituição que você está agora?
A forma que me ingressei no programa de Mestrado do PPGBiotec foi por meio de um processo seletivo que consistiu em etapas de caráter eliminatório (Conhecimento específico e Inglês) e classificatório (Análise de Currículo).

4.               As matérias teóricas vistas em sala de aula, tanto do ciclo profissional quanto do ciclo básico, já foram demandadas por você na sua atuação prática hoje no mercado de trabalho?
Sim e muito, na área em que desenvolvo meu projeto de pesquisa ter conhecimento, mesmo que básico, principalmente de Microbiologia, Bioquímica (básica, metabólica, enzimologia), Biologia Molecular e Imunologia são essenciais para se compreender o objetivo do trabalho, os experimentos realizados ou mesmo para propor novos estudos e saber discutir os resultados. E a base de conhecimento que os professores da Engenharia de Bioprocessos do CAP nos dão é excelente, digo isto por estar convivendo com profissionais de diferentes formações e que sempre se assustam quando digo que sou Engenheira, rsrs. A multidisciplinariedade, e o que ela nos proporciona, é, sem dúvida, o ponto forte do nosso curso.

5.               Para chegar na posição que você ocupa atualmente, quais as atitudes que você tomou enquanto estudante e que considera essencial para ter chegado até aqui?
Além da dedicação com as disciplinas, com certeza as oportunidades extracurriculares que tive foram essenciais, desde as iniciações científicas aos congressos, que não só contribuíram enriquecendo meu currículo, como me fizeram amadurecer como pessoa e foi ponto chave para eu decidir qual carreira seguir.

6.               Quais conselhos você dá para os alunos do curso e para os demais graduandos em geral?
Aproveitar muito a graduação e as oportunidades que ela lhe oferece, conhecer os projetos que são desenvolvidos na universidade, mesmo que não faça parte efetivamente de algum deles, conhecer um pouquinho de tudo, além de enriquecedor, pode ser um diferencial. E, por mais difícil que possa estar a caminhada, nunca, jamais, desistir dos seus objetivos, principalmente aos alunos da Engenharia de Bioprocessos que, além dos desafios que todos os profissionais têm para ingressar no mercado de trabalho, ainda tem que lidar com o fato de algumas empresas da área desconhecerem a importante atuação do profissional, por ser um curso relativamente novo no Brasil, contudo este cenário vem mudando e muitas dessas já reconhecem o quão competente e multidisciplinar é o Engenheiro de Bioprocessos.