Já pensou em cursar sua pós graduação fora do Brasil?
O campus do Instituto Masdar é uma personificação desses ideais, alimentado por energia renovável e apoiada pela tecnologia de ponta, proporcionando aos alunos uma oportunidade única de viver e aprender em um verdadeiro ambiente de "laboratório vivo".
Vinícius Bueno formou em Julho de 2015 na UFPR e está cursando mestrado na Masdar Institute of Science and Technology, Abu Dhabi. O Masdar Institute, o mais importante centro de pesquisa dos Emirados Árabes Unidos, é voltado para o estudo de energias alternativas, sustentabilidade e meio ambiente, e é grande importador de talentos*. O instituto já desenvolveu uma cidade completamente sustentável e movida somente com energia solar**.
Localizado em Masdar City, O instituto visa apoiar a diversificação econômica de Abu Dhabi, alimentando o capital humano e intelectual altamente qualificados e em parceria com os líderes da indústria.
Masdar City é uma cidade árabe moderna que está em sintonia com seus arredores. Possui um alto desenvolvimento urbano sustentável a nível regional e global, procurando sempre um desenvolvimento comercialmente viável que ofereça o ambiente de vida e de trabalho da mais alta qualidade com a menor demanda ecológica possível. O campus do Instituto Masdar é uma personificação desses ideais, alimentado por energia renovável e apoiada pela tecnologia de ponta, proporcionando aos alunos uma oportunidade única de viver e aprender em um verdadeiro ambiente de "laboratório vivo".
Dados
pessoais:
|
1.
Nome
completo: Vinicius Bueno
2.
Idade:
23
3.
Ano de
conclusão do curso: Julho/2015
4.
Empresa
que trabalha/Universidade de Pós-Graduação: Masdar Institute of
Science and Technology, Abu Dhabi, UAE.
Graduação:
Engenharia de Bioprocessos
|
1.
Por
que escolheu o curso de Engenharia de Bioprocessos?
A escolha do curso foi
interessante, porque eu nunca tinha ouvido falar de Engenharia de Bioprocessos
até aquele momento. Desde pequeno meu sonho mudava
incessantemente entre Medicina e Engenharia Química,
e eu sabia que se escolhesse um em definitivo, parte do outro sempre me faria
falta. Então decidi escolher um curso que juntava
o que de mais importante tinha em comum com os dois, ou seja, algo que unisse a
parte da saúde e biologia com a engenharia
propriamente dita. Foi neste momento que
descobri a Engenharia de Bioprocessos da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
2.
Participou
de atividades extracurriculares durante a graduação? Caso sim, o que fomentou
essa sua proatividade em buscar uma experiência além da sala de aula?
Sim, participei do Diretório Acadêmico do curso durante 2 anos, como Assessor no primeiro ano e Coordenador
do Departamento de Pesquisa, Ensino e Extensão no segundo. Fui bolsista de Iniciação
Científica (IC) durante um ano, bolsista do CsF na França e, por fim,
participei de várias festas organizadas pelos Diretórios de Engenharia,
que pode não parecer importante a primeira vista, mas foi onde fiz a maior
parte dos meus contatos. Esse networking fora das salas de aula foi o que
impulsionou minha carreira, me abrindo os olhos para oportunidades que antes eu
não tinha acesso. Em resumo, eu acredito que as
atividades extracurrilares são essenciais durante a nossa experiência universitária.
3.
Quais
as principais características de desenvolvimento – tanto pessoais quanto
profissionais - você considera fundamental para um aluno de graduação?
Curiosidade, sempre
perguntei e queira saber mais, mesmo que seja um assunto que você domine, mesmo
que seja uma pergunta boba, sendo curioso você descobre coisas e oportunidades
que não estavam tão óbvias
no início. Seja proativo, não espere ninguém te falar o que você
deve fazer, não tenha medo de ser o primeiro a caçar uma IC, a entrar no Centro Acadêmico mesmo sendo seu
primeiro ano na faculdade, se você teve uma boa ideia, faça e não pense duas vezes. Entretanto, o mais importante na minha
opinião
é a velha cara-de-pau: peça IC, peça estágio, peça por aquela bolsa, peça informações, procure contatos, faça networking, não tenha vergonha de
pedir as coisas.
Formei: e agora?
|
1.
Qual o
caminho que você trilhou após a conclusão da graduação? O que te levou a isso?
Pós-Graduação. Eu sempre quis seguir minha carreira
fora do Brasil e o que eu pude notar é que a maioria das grandes empresas na área da engenharia consideram mestrado primordial hoje em
dia, mesmo para as vagas do estilo “chão de fábrica”. No Canadá, por exemplo, PhD não é mais sinônimo de continuar sua vida na academia ou restritamente na
pesquisa, muitos Diretores de Produção e CEOs tem PhD no
currículo, o que na realidade é muito bem visto.
2.
Atualmente,
qual a posição que você ocupa?
Research Assistant e Mestrando em Engenharia Química. Masdar Institute of Science and Technology, Abu Dhabi,
UAE.
3.
Como
foi a forma de ingresso na empresa/instituição que você está agora?
O Instituto
me convidou por e-mail para me inscrever no processo de bolsa de estudos por
causa das minhas notas no GRE
(“vestibular” universal para pós-graduação nos Estados Unidos,
como se fosse um ENEM para mestrado e doutorado). O processo para me inscrever foi
bem padrão. Preenchi vários formulários com meu
histórico, mandei documentos da UFPR provando que eu estava formado, CV, cover
letter, 3 recomendações de professores/chefes, e
depois de 3 meses de processo seletivo, fui aprovado.
4.
As
matérias teóricas vistas em sala de aula, tanto do ciclo profissional quanto do
ciclo básico, já foram demandadas por você na sua atuação prática hoje no
mercado de trabalho?
Administração
para Engenheiros, Economia para Engenheiros, Fundamento de Engenharia de Bioprocessos
e Biotecnologia, Projetos de Engenharia e TCC. Parece clichê, mas
você não vai lembrar de boa parte do que
aprendeu naquelas aulas teóricas de bioquímica ou cálculo, o que realmente fica são aqueles projetos que
fazemos em matérias que focam o que um engenheiro faz no dia a dia, e isso
envolve administrar uma empresa e uma equipe, envolve desenvolver e botar
projetos em prática, numa perspectiva econômica e técnica. Mesmo que você
siga na área de
pesquisa, as experiências interpessoais que se adquire nesse tipo de curso é o que vai te guiar para o resto da vida profissional.
5.
Para
chegar na posição que você ocupa atualmente, quais as atitudes que você tomou
enquanto estudante e que considera essencial para ter chegado até aqui?
Fui
persistente desde o início, eu recebi varios nãos de bolsas de IC, de oportunidades de estágio, mestrado,
trainees, até que um dia recebi um sim. Nunca desista depois de receber o primeiro
não. Além disso, desde o meu
primeiro ano eu sabia que queria estagiar ou fazer uma pós-graduação fora do país, desde então eu foquei minhas forças para realizar esse
sonho. Aperfeiçoei meu inglês, francês e aprendi um
pouco de alemão, procurei melhorar meu currículo com
atividades extracurriculares e, como já mencionei, fui cara-de-pau e corri atrás de oportunidades, sem medo ou vergonha de levar um não.
6.
Quais
conselhos você dá para os alunos do curso e para os demais graduandos em geral?
Criem uma meta e foquem em crescer tanto
como pessoa quanto profissionalmente para alcançar
essa meta. Atividades extracurriculares são tão importantes quanto suas notas, não achem que a universidade se limita as 4 paredes da sala de
aula. Os professores estão ali para te ajudar e
te guiar, então peçam ajuda a eles o
quanto julgarem necessário. Metas a
longo prazo precisam ser divididas em pequenas metas a curto prazo, isso é um exercício importante para te manter no caminho certo. Quem
faz o nome do curso lá fora são vocês, não a universidade nem os professores, vocês que logo estarão no mercado e farão a fama desse curso que
é relativamente novo.
* G1. Exclusivo web: veja dicas para conseguir bolsa no Masdar Institute
** G1 Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a energia solar