O CAEB, com
suporte e apoio de colaboradores - a ex-aluna Lorena de Oliveira Felipe e o
Prof. Igor Boggione - lança mais uma entrevista do Projeto "O Engenheiro de Bioprocessos e suas diferentes possibilidades de
atuação". O principal objetivo dessa iniciativa consiste em
estimular os estudantes da Engenharia de Bioprocessos sobre as inúmeras
possibilidades de atuação profissional, além de promover o estreitamento das
empresas com os alunos para futuros estágios e/ou parcerias. Em última
instância, o projeto também pretende fortalecer o nome da UFSJ enquanto formadora
de bons profissionais para o mercado de trabalho.
Conversamos com Thamara Carvalho Coutinho, 27, formada
em Engenharia de Bioprocessos pela UFSJ – CAP. Atualmente, aluna de Doutorado
de Engenharia Química na Universidade Federal de São Carlos na linha de
pesquisa em ''Nanoimobilização de enzimas'' que envolve prioritariamente a área
de Engenharia Bioquímica. Seu projeto da Embrapa orientado por Cristiane
Sanchez Farina, Doutora em Engenharia Química
pela Universidade Estadual de Campinas, em 2004, atuante na Embrapa, na área de
Agroenergia, Biodiesel e Produção de Enzimas.
QUESTIONÁRIO: PROJETO “O
ENGENHEIRO DE BIOPROCESSOS E SUAS POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO ”
Dados
pessoais:
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1.
Nome completo: Thamara
Carvalho Coutinho
2.
Idade: 27
3.
Ano de conclusão do curso: 2013
4. Empresa que trabalha/Universidade de
Pós-Graduação: Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)
Graduação:
Engenharia de Bioprocessos
|
1.
Por que escolheu o curso de Engenharia
de Bioprocessos?
Escolhi
a Engenharia de Bioprocessos pois foi o curso que maior ligou duas áreas que
eu me identificava muito: biotecnologia e todas as matérias de exatas.
Na
época pensei que eu trabalharia com genética, mas hoje em dia despertei
interesse por outras áreas dentro de bioprocessos.
2.
O que motivou a sua escolha pela
UFSJ/CAP?
Escolhi
a UFSJ/CAP por ser uma universidade
federal e por ser uma das únicas universidades perto da minha cidade que
tinha o curso que eu desejava.
3.
Participou de atividades
extracurriculares durante a graduação? Caso sim, o que fomentou essa sua
pró-atividade em buscar uma experiência além da sala de aula?
Sim.
Durante a graduação fiz Iniciação
Científica (IC) durante três anos com o Professor Telles, participei de Empresa Júnior (ATP Jr.) e dei Monitoria. Acredito que todas essas atividades foram importantes para me mostrar o
que mais me atraía e o que eu não tinha tanta afinidade.
Por
exemplo, na Empresa Júnior eu percebi que não tinha tanta habilidade para os
negócios. Já a IC foi inspiradora para me mostrar que eu poderia trabalhar com
pesquisa tranquilamente para o resto da minha vida.
4.
Quais as principais características de
desenvolvimento – tanto pessoais quanto profissionais - você considera
fundamental para um aluno de graduação?
Um aluno de graduação deve se conhecer, explorar
suas habilidades, procurar melhorar suas limitações, planejar o seu tempo,
encontrar o melhor horário de estudos e o melhor método de aprendizagem.
Formei: e agora?
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1.
Qual o caminho que você trilhou após a
conclusão da graduação? O que te levou a isso?
Após
a graduação eu já segui para o Mestrado. Na verdade, eu sentia que ainda
precisava aprender e amadurecer um pouco mais sobre a vida acadêmica. Eu precisava vivenciar o Mestrado para ver
se meu perfil realmente era o meio acadêmico, e não deu em outra, me
identifiquei com as descobertas, desafios e conhecimentos que o meio científico
pode agregar a um profissional.
2.
Atualmente, qual a posição que você
ocupa?
Atualmente
sou aluna de Doutorado de Engenharia
Química na UFSCAR na linha de pesquisa ''Nanoimobilização
de enzimas'' que envolve prioritariamente a área de Engenharia Bioquímica.
Ainda, é um projeto da Embrapa orientado por Cristiane Sanchez Farina.
3.
Como foi a forma de ingresso na
empresa/instituição que você está agora?
Foi
através do processo seletivo do Programa,
o qual na verdade, levou em conta a análise
do meu Currículo e dos meus Históricos Escolares tanto da Graduação, quanto do Mestrado.
4.
As matérias teóricas vistas em sala de
aula, tanto do ciclo profissional quanto do ciclo básico já foram demandadas
por você na sua atuação prática hoje no mercado de trabalho?
Sim.
Matérias como Cinética/Cálculo de
Biorreatores, Estequiometria industrial, todos os Fenômenos de Transporte
(Mecânica dos Fluidos, Transferência de Massa/Calor) e Microbiologia Industrial
são disciplinas que são demandadas por mim diariamente e agora consigo
compreendê-las com mais clareza.
Na
graduação nos deparamos com muitas disciplinas
que não encontramos sentido naquele momento, mas com o tempo, podemos perceber quão importante é cada uma
delas e tudo passa a ter sentido.
Mas também bate um certo arrependimento de não ter aproveitado o
conteúdo como poderia na época que era passado em sala de aula.
5.
Para chegar na posição que você ocupa
atualmente, quais as atitudes que você tomou enquanto estudante e que considera
essencial para ter chegado até aqui?
Uma
palavra definiu minha graduação: determinação. Muitas vezes, meus
colegas desistiam de ir em frente com aquela ou outra matéria, eu nunca desisti
de nenhuma, por mais difícil que estava. Mas também acabei abdicando de algumas
coisas, como fazer uma academia, ir para casa nos finais de semana, entre
outras coisas.
Gostaria de ter conseguido
conciliar essas coisas, pois acredito que são muito importantes também. Se eu
pudesse voltar atrás teria tido mais tempo para mim. Acho que a saída para um estudante de Engenharia
não pode ser diferente daquela de ter foco e estudar muito, e claro, tentar dar
uma relaxada quando possível, pois isso interfere no rendimento.
6.
Quais conselhos você dá para os alunos
do curso e para os demais graduandos em geral?
Explorem suas habilidades,
pois elas definirão seu perfil profissional, tenham um bom relacionamento com colegas/professores, sejam
otimistas, estudem muito, experimentem
diferentes atividades extracurriculares e deem o melhor de si em tudo que
fizerem que o retorno será garantido.
Para
os alunos de Engenharia de Bioprocessos, se
vocês sentem paixão por essa Engenharia assim como eu, sejam otimista, fiquem ligados nas indústrias e nas novidades do
mercado, nas oportunidades que podem aparecer e valorizem nossa formação,
pois ela é muito promissora para o nosso país.