quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Essa adorável criaturinha é o único animal do mundo capaz de realizar fotossíntese

Olhe bem essa linda criaturinha da imagem. Adivinhou o que é? Se você chutou brinquedo infantil, animação da Pixar ou qualquer outro objeto, infelizmente você errou: trata-se daCostasiella kuroshimae, uma adorável espécie de “lesma” do mar, que anda sendo chamada por aí como “Sheep Leaf” (ovelha-folha, em tradução livre).
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Encontradas próximas ao Japão, Indonésia e Filipinas, esses pequeninos seres de olhos juntinhos – e amáveis! – atingem no máximo 5 mm de comprimento.  Curiosamente, são um dos únicos animais no mundo a realizar fotossíntese: ao se alimentar de algas, a Costasiella suga os cloroplastos – organelas nas quais o processo de fotossíntese é realizado – e os incorporam no seu próprio corpo, num processo super raro chamado cleptoplastia.
Uma vez com os cloroplastos no organismo, elas acabam alimentando-se também por meio da energia solar. Incrível, não?
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domingo, 27 de setembro de 2015

Eclipse lunar e superlua serão vistos ao mesmo tempo hoje (27/09)

Os brasileiros vão poder assistir neste domingo (27) a ocorrência de dois fenômenos simultâneos: o eclipse lunar total e a superlua. A coincidência ocorre uma vez a cada 30 anos.

27/09/2015
A astrônoma Patricia Spinelli, do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), do Rio de Janeiro, Patricia explica como ocorre coincidência. A superlua acontece porque a órbita da lua, isto é, o caminho que a lua faz ao redor da Terra, não é circular. A órbita é achatada, ou seja, uma elipse. 
“E se o caminho é elíptico, isso significa que em algum momento, a lua vai chegar um pouquinho mais perto da Terra”. Ao chegar mais perto, ela permite que se visualize o seu tamanho  maior no céu. A superlua ocorre uma vez por ano, como informa Patrícia.
Já os eclipses, segundo a astrônoma, têm uma periodicidade de duas vezes por ano. Neste domingo, o eclipse coincidirá com a proximidade da lua em relação à Terra, devido a um fator geométrico. A superlua pode ser vista à noite em qualquer lugar do planeta, quando o satélite da Terra estiver na fase cheia: “Vamos ver a lua maior, por ela estar mais próxima da Terra”.
O eclipse só acontece quando a lua entra na sombra da Terra: “Mas, para que esse fenômeno seja observado, é preciso que seja à noite. Se for dia, o observador só conseguirá ver o sol e não o eclipse”.
O eclipse lunar total será visto no Brasil porque, quando a lua estiver entrando na sombra da Terra, será noite no país. Patricia Spinelli disse que a ocultação da lua ocorrerá por volta das 23h30 e “esse é o ápice”. O processo completo, porém, começará por volta das 22h, quando a lua passará a entrar na sombra da Terra.

A foto de arquivo - de 16 de junho de 2011 -, mostra um eclipse lunar total, visto de Manila, Filipinas, antes do amanhecer
“Ela começa a ficar mais obscurecida, com uma cor mais avermelhada. De repente, vai desaparecer completamente, por volta das 23h30 ou 23h40 e, depois, começa a aparecer de novo”. A lua só volta a ter o tamanho normal em torno de 1h30 da manhã da segunda-feira (28), diz Patrícia Spinelli.
Segundo Patricia, para que os dois fenômenos possam ser vistos simultaneamente, é preciso que o tempo esteja bom, pois tempo nublado não permite a visualização. Tanto o eclipse como a superlua serão visíveis a olho nu, sem a necessidade de nenhum equipamento ou proteção especial.  “Com tempo bom e céu limpo, as pessoas podem acompanhar o fenômeno”, garante a astrônoma do Mast.

Dispoível em <http://noticias.terra.com.br/ciencia/eclipse-lunar-e-superlua-serao-vistos-ao-mesmo-tempo-hoje-a-noite-no-brasil,8d0fe9ad3d8a3cc8cdf0bfeace2cdb61rj4zhgg6.html>

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

UFRJ investe na formação de profissionais para atuar na indústria de biofármacos

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Brasil tem defasagem de 30 anos em relação aos países mais desenvolvidos na produção de medicamentos biológicos
Coppe-ufrj
Leda Castilho (COPPE/UFRJ) diz que a indústria biofarmacêutica está se desenvolvendo muito rapidamente no mundo, mas o Brasil tem um atraso de 30 anos em relação aos países mais desenvolvidos.
Produzidos apenas por um pequeno número de países, sendo os EUA o maior produtor, os biofármacos, também conhecidos como medicamentos biológicos, são um dos principais responsáveis pelo déficit na balança comercial da área de saúde no Brasil. O SUS distribui gratuitamente 60% desses medicamentos comprados pelo Brasil. Em 2012, essa compra do Governo Federal somou R$ 4 bilhões. Para diminuir esse déficit, o Governo vem estimulando o desenvolvimento desta indústria no País e estimulando acordos de transferência de tecnologia com países como Cuba e Alemanha. Mas ainda temos uma carência de profissionais capacitados para lidar com esse segmento, que requer um nível avançado de especialização.
Ciente dessa necessidade, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) colocou em prática este ano o Programa de Treinamento em Biotecnologia Farmacêutica, o TBiofar (http://tbiofar.peq.coppe.ufrj.br). Sob a responsabilidade da COPPE/Programa de Engenharia Química e da Escola de Química (EQ), coordenado pelas professoras Leda Castilho (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia – COPPE) e Andréa Salgado (Escola de Química), o treinamento tem o objetivo de reduzir a carência de mão de obra especializada na área de biofármacos e contribuir para o desenvolvimento dessa indústria no Brasil.
Leda Castilho diz que a indústria biofarmacêutica está se desenvolvendo muito rapidamente no mundo, mas o Brasil tem um atraso de 30 anos em relação aos países mais desenvolvidos. De acordo com ela, cerca de 50% dos gastos com medicamentos do Governo Federal hoje se referem à compra dos biológicos. No mundo, o setor alcançou um volume de vendas de aproximadamente US$ 160 bilhões, representando cerca de 20% das vendas totais da indústria farmacêutica em 2014.
“Há um estímulo grande, por ações do Ministério da Saúde e financiamentos do BNDES e da Finep, para criar empresas nacionais, como Bionovis e Orygen, e estimular o investimento para a construção de fábricas no País. Nós temos condições de desenvolver tecnologia de ponta em biofármacos, mas faltam pesquisadores nessa área, sobretudo em tecnologia aplicada. Além disso, precisamos de mais integração entre os profissionais da área biomédica básica e os da área farmacêutica”, afirma Castilho.
Nesse cenário, surgiu o TBiofar, que resulta de uma parceria entre a Universidade, empresas produtoras públicas e privadas, empresas fornecedoras e agências governamentais. A professora do Coppe explica que, com o investimento na formação de mão de obra qualificada, é possível reduzir a defasagem industrial nesta área.
“O programa, que vai além da graduação (incluindo pós-graduação e atualização de profissionais que já atuam na indústria farmacêutica e querem se especializar em biofármacos), foi criado com o intuito de permitir a produção no Brasil e a consequente redução de importações relativa aos modernos medicamentos de origem biotecnológica, tão importantes no tratamento de doenças como câncer, artrite reumatoide e outras”, completa.
A expectativa é que os primeiros engenheiros de bioprocessos com ênfase em biotecnologia farmacêutica, formados pelo TBiofar, se formem em março de 2016. “O programa é uma inovação nesta área no Brasil. Em nosso laboratório, do Programa de Engenharia Química da Coppe/UFRJ, criado em 2003, já desenvolvemos diversos trabalhos de pesquisa e pós-graduação sobre tecnologias de produção desses fármacos, e também trabalhos em parceria com a Fiocruz, focados em uma nova vacina contra febre amarela, e com o Instituto de Ciências Biomédicas da própria UFRJ, para processos aplicados a terapias celulares e células tronco. Mas é fundamental estimular a formação de engenheiros especializados para atuar na nascente indústria biofarmacêutica brasileira e contribuir para desenvolver tecnologia de ponta no País”, diz.
O TBiofar foi estruturado para atender diferentes níveis de formação, graduação, pós-graduação e profissionais da indústria. A maioria dos cursos têm, além da teoria, atividades experimentais, oficinas e estudos de caso, para que haja um treinamento mais especializado e diferenciado. O Programa compreende cursos práticos, envolvendo construção de vetores e transfecção de células ou montagem e operação de biorreatores. Mas há ainda cursos em que os participantes elaboram um plano de negócios e fazem a modelagem econômico-financeira e avaliação de retorno de um projeto no setor.
Novas fábricas
De acordo com Leda Castilho, as fábricas de biofármacos que estão sendo construídas no Brasil devem começar a funcionar plenamente nos próximos cinco anos. “Esses projetos contemplam acordos de transferências tecnológicas, que têm como objetivo acelerar o abastecimento interno e a implantação da produção desses medicamentos no País. Contudo, esperamos que, no futuro, o Brasil passe a ser capaz de desenvolver seus próprios produtos e tecnologias”, detalha.
Mas a professora afirma que há ainda muitos deveres de casa para este segmento. Em sua opinião, a grande mensagem do Sixth International School on Production of Biologicals in Animal Cell Cultures (VI Seminário Internacional sobre Produção de Biofármacos em Cultivos de Células Animais), realizado no final de julho deste ano na Coppe, e que reuniu representantes da área acadêmica e de indústria de 12 países, é que o Brasil tem que se esforçar muito para avançar nesse campo.
“No Brasil, as indústrias ainda trabalham focadas na compra de pacotes tecnológicos do exterior. Temos que nos esforçar para não sermos um mero comprador de tecnologia no futuro. Até porque quando a gente compra uma tecnologia, geralmente ela não é de ponta”, alerta.
Acordo de cooperação
O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz), a Merck e a Bionovis assinaram, em 9 de setembro, acordo de transferência de tecnologia da Betainterferona 1a subcutânea (nome comercial: Rebif®), nas apresentações 22mcg  e 44mcg, fruto da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), estabelecida pelo Governo Federal. Dados de  BioManguinhos indicam que o acordo representa uma economia de R$ 27 milhões em sete anos aos cofres federais, além de garantir o fornecimento do fármaco à população por parte do poder público.
Comercializado em mais de 80 países, o Betainterferona 1a é indicado em primeira linha para o tratamento da esclerose múltipla, seguindo os padrões internacionais de tratamento. No Brasil, cerca de 27% dos pacientes usam o medicamento, que passará a fazer parte do portfólio do laboratório público brasileiro, após a conclusão do processo de transferência da tecnologia.
Os interferons são proteínas produzidas pelo corpo humano. O biofármaco modula o sistema de defesa imunológico do organismo ao reduzir a agressão de linfócitos e anticorpos contra a bainha de mielina das fibras nervosas. Dessa forma, reduz as inflamações e lesões do cérebro e medula espinhal, aumentando a qualidade de vida dos pacientes.
O tratamento da esclerose múltipla e o uso do biofármaco são garantidos pelo Sistema Único de Saúde desde 2001, por meio da Portaria 97 da Secretaria de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde, devido a seu alto custo para o paciente.
(Suzana Liskauskas/Jornal da Ciência)

Disponível em <http://www.jornaldaciencia.org.br/ufrj-investe-na-formacao-de-profissionais-para-atuar-na-industria-de-biofarmacos/>

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Cientistas afirmam que modificação genética em humanos é essencial

Publicado em 14.09.2015

Um relatório do Grupo Hinxton, uma entidade que se autodefine como um consórcio internacional sobre células-tronco, ética e direito, e reúne pesquisadores, bioeticistas e especialistas em políticas de todo o mundo, afirma que a modificação genética de embriões em estágio inicial é de “grande valor” e “essencial” para as pesquisas.
O texto acrescenta ainda que bebês geneticamente modificados não devem ser autorizados a nascer por enquanto, mas que podem ser “moralmente aceitáveis” em algumas circunstâncias no futuro.
O relatório foi divulgado em um momento de inovação no campo da genética. Uma gama de novas técnicas têm combinado um “GPS molecular” que viaja para um local preciso em nosso DNA com um par de “tesouras moleculares”, que podem cortar as partes indesejadas.
Isso tem transformado as pesquisas de modificação genética em uma ampla gama de campos, mas o progresso significa que bebês geneticamente modificados estão deixando de ser uma perspectiva e estão rapidamente se tornando uma possibilidade real.
No início deste ano, uma equipe da Sun Yat-sen University, na China, mostrou que erros no DNA que levaram a uma doença do sangue poderiam ser corrigidos em embriões em estágio inicial. No futuro, as tecnologias podem ser utilizadas para impedir que as crianças nasçam com fibrose cística ou genes que aumentam o risco de câncer.

Análise

A modificação genética embrionária domina o debate em torno das novas ferramentas de edição de genes. Mas enquanto as crianças sem doenças e os “bebês projetados” podem estar ainda longe no horizonte, os usos mais imediatos são muito menos controversos.
Eles podem inclusive restaurar a reputação do campo da terapia genética em adultos e crianças.
Este tipo de técnica foi quase bem-sucedida em crianças sem sistema imunológico. Os sintomas melhoraram, mas a técnica conduziu ao câncer, em alguns casos.
Essas ferramentas mais precisas podem ser capazes de ajustar nosso código genético, sem os efeitos colaterais. Houve até mesmo tentativas bem-sucedidas de dar a pacientes com HIV imunidade ao vírus.
E uma vez que estas mudanças não seriam passadas ​​para a próxima geração, elas são muito menos controversas.

Procurando um limite

Houve apelos para uma moratória sobre as pesquisas embrionárias, o que deixou muitos perguntando onde traçar a linha – qualquer pesquisa com embriões deveria ser proibida, elas deveriam ser permitidas, mas apenas para pesquisa, ou deveriam ser permitidos bebês geneticamente modificados?
Uma reunião do influente Grupo Hinxton, em Manchester, reconheceu que a taxa de progresso significava que havia uma “pressão para tomar decisões” e argumentou que a modificação embrionária deve ser permitida.
No comunicado, eles disseram: “Nós acreditamos que, embora esta tecnologia tenha um enorme valor para a pesquisa básica e um enorme potencial, ela não é suficientemente desenvolvida para considerarmos modificações no genoma humano para fins reprodutivos clínicos neste momento”.
Isto está em contraste gritante com o Instituto Nacional de Saúde dos EUA, que já se recusou a financiar qualquer modificação de embriões.
O diretor do Instituto, Dr. Francis Collins, que também era uma peça-chave no Projeto Genoma Humano, afirma: “O conceito de alterar a linha germinal humana [DNA herdado] em embriões para fins clínicos tem sido debatida ao longo de muitos anos de muitas perspectivas diferentes, e foi visto quase universalmente como uma linha que não deve ser ultrapassada”.
No entanto, o relatório completo do Grupo Hinxton reconhece que “pode ​​haver usos moralmente aceitáveis ​​desta tecnologia em reprodução humana, embora uma discussão mais substancial seja exigida”
Mesmo uma das principais figuras na descoberta e desenvolvimento do CRISPR (um dos métodos mais fáceis de edição de DNA) tem dúvidas.
“Pessoalmente, eu não acho que seja aceitável manipular a linha germinal humana com o propósito de mudar alguns traços genéticos que serão transmitidos ao longo de gerações”, afirma a professora Emmanuelle Charpentier.
Peter Mills, do Nuffield Council on Bioethics, acrescenta: “Temos visto esses usos chegando no horizonte, mas precisamos decidir se vamos aceitá-los quando baterem na nossa porta”. [BBC]

Disponível em <http://hypescience.com/cientistas-afirmam-que-modificacao-genetica-em-humanos-seria-essencial/>

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Tinta de seda imprime tecidos para implantes

08/09/2015
Redação do Diário da Saúde

Biotinta

A equipe do professor David Kaplan, da Universidade Tufts (EUA), havia inovado ao desenvolver parafusos de seda para fixar implantes ósseos em fraturas.
A grande vantagem é que os parafusos dissolvem-se quando o osso se cicatriza, além de não serem tão rígidos quanto as fixações metálicas.
Agora a equipe tirou proveito das impressoras 3D, usando a seda para criar uma técnica totalmente nova de fabricar as próprias partes a serem implantadas, e não apenas as fixações.
A tecnologia de manipulação da seda, já dominada pela equipe, permitiu a criação de uma "biotinta", uma tinta biológica que é aplicada camada por camada através da impressora 3D, criando tecidos complexos, com várias funções.
É possível, por exemplo, incorporar medicamentos no próprio tecido artificial, provendo os fármacos necessários para evitar rejeição ou infecções pós-operatórias.
A impressora 3D foi desenvolvida especificamente para trabalhar com tecidos biológicos. [Imagem: Rod R. Jose et al. - 10.1021/acsbiomaterials.5b00160
Tinta biocompatível
A maioria das tintas desenvolvidas para a impressão 3D é feita de termoplásticos, silicones, colágeno e gelatina ou alginato. Mas há limites para os usos dessas tintas na área de saúde. Por exemplo, as temperaturas, alterações de pH e métodos de reticulação necessários para endurecer alguns destes materiais podem danificar as células ou outros componentes biológicos que os pesquisadores gostariam de adicionar às tintas.
A equipe então combinou as proteínas da seda, que são biocompatíveis, e glicerol, um álcool de açúcar não-tóxico comumente encontrado em alimentos e produtos farmacêuticos.
A biotinta resultante é transparente e flexível, estável na água e não necessita de qualquer técnica de tratamento adicional, como temperaturas elevadas, que limitariam sua versatilidade.
Os pesquisadores afirmam que a tinta de seda poderá ser usada em implantes biomédicos e engenharia de tecidos, fabricando tecidos inteiramente novos.
Disponível em <http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=tinta-seda-imprime-tecidos-implantes&id=10836>